2018-01-30

O emprego ideal é mesmo o ideal?

Durante as sessões de coaching dos programas de Outplacement, vez por outra pergunto ao coachee qual seria o modelo ideal de emprego/trabalho que procura. Alguns efetivamente se põem a descrever aspectos práticos: próximo a minha casa, com um ambiente de trabalho agradável e desafiador, com uma remuneração condizente com minhas responsabilidades, cultura de meritocracia, etc.

Já outros, sem pensar muito, declaram que o trabalho ideal não existe.

Tanto uma resposta quanto a outra me faz lembrar de uma prazerosa viagem que fiz a Fernando de Noronha alguns anos atrás.

Descobrimos uma praia quase deserta, na época. Um mar azul, refletindo o azul do céu, sem uma única nuvem; areia branca, um bar no fundo para vender uma cerveja gelada e alguns petiscos. Ao lado, um chuveiro ao ar livre para aqueles que voltavam do mar livrarem-se do sal. E, pasmem, você entrava numa banheira vintage para lavar-se com a água doce deste chuveiro. Algo surreal. E eu repetia: “este é o conceito de vida ideal”.

Em dado momento, chega o garçom para atender-nos. Eu pergunto se ele era da ilha. “Sim, sou da ilha”. Com uma ponta de inveja do tamanho dos morros Dois Irmãos, que avistava no mar como se fossem duas pequenas ilhas, lhe faço a segunda pergunta: “Você é feliz residindo e trabalhando aqui? Afinal, pode admirar e conviver com estas belezas durante todo o ano”. E sua resposta, que nunca esqueci: “Beleza cansa! A cada 6 meses, viajo para algum lugar do continente e fico alguns meses trabalhando por lá antes de voltar”.

Imaginem minha perplexidade no momento. Esse cara está louco! Como pode alguém criticar a beleza, a perfeição, o mundo ideal?

Algum tempo depois, sem que essa resposta saísse definitivamente da minha mente, me dei conta de que, primeiro, nossos conceitos de ideal mudam com o tempo. O ideal é aquilo que nos atende no momento, que adaptamos a nossas carências e necessidades, e que varia de indivíduo para indivíduo.

Partindo daí, insisto com meus coachees: O que você está procurando? Não importa que não o encontre, ou mesmo que, ao encontrá-lo, tudo te canse em poucos anos e você tenha que buscar outro emprego. Primeiro, me dou conta da cara de espanto deles. Possivelmente a mesma que fiz anos atrás ao escutar o garçom. Depois, os trago para a realidade. O que quero entender são seus valores, o que importa para ti neste momento. O que faz sentido, que direção quer seguir. Isso será fundamental na busca de tua nova oportunidade. “Ah, entendi!”.

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Se quiser saber mais, estou disponível pelo e-mail caiobittencourt@mydnadigital.com.br.

Caio Bittencourt é Managing Director da MyDNA no Brasil e ex-Diretor Geral da Edenred S.A, no Peru, Chile e Colômbia.

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Tags: Gestión de Carrera, Curriculum, Vacantes de Empleo