2017-07-21

Precisamos falar sobre ações – Mas o que um Headhunter sabe sobre isso?

Hoje vou sair um pouco do universo de recrutamento e seleção para falar sobre um tema que sempre me interessou: Mercado Financeiro - mais especificamente sobre investimento em ações de empresas brasileiras. Infelizmente no Brasil, e pude confirmar isso conversando com pessoas do meu ciclo de amizade, em geral a população tem uma visão muito negativa em relação à bolsa de valores: o primeiro sentimento que vem é o de jogo, de cassino. Acham que botar dinheiro na bolsa é uma aposta onde à sorte é um componente importante para multiplicar o capital. Outra coisa que observei, é que muitos que entraram na bolsa, devido a um grande imediatismo e com uma falsa expectativa de que iriam ganhar dinheiro rápido, acharam que fariam dinheiro comprando na baixa e vendendo na alta. Para estes casos, o que acontece na maioria das vezes é o inverso: acabam comprando na alta e vendendo na baixa. Aí nunca mais voltam e corroboram com os demais sobre a ideia de que a bolsa de valores é uma casa de apostas.

Meu interesse por ações começou há mais de 10 anos e confesso que meu início não foi nada promissor. Olhava gráficos, lia dicas em chats, e dedicava meu tempo fazendo operações de compra e venda. Ganhava em algumas, perdia em outras, mas via que grande parte do meu dinheiro estava indo ou para a corretora através de taxas de corretagem ou para o governo através dos impostos. Andava, nadava, remava e não saía do lugar. Até que depois de um primeiro ano de total insucesso, ouvi falar de um carinha chamado Warren Buffet, que por sua vez admirava um coleguinha chamado Benjamin Graham. E quando fui pesquisar sobre eles, descobri algo sensacional que posteriormente foi reforçado depois que li o clássico livro do Robert Kiyosaki, “Pai Rico, Pai Pobre”. E o que descobri, parece a coisa mais óbvia do mundo, mas pouca gente dá a real importância à magnitude do que representa comprar uma ação. Aí vai: comprar uma ação de uma empresa significa você virar sócio da empresa. Louco não? Mas é exatamente isso que acontece.

Imaginem ser sócio do Itaú, aquele banco que tem milhares de agências espalhadas pelo Brasil, que é gerido por “banqueiros riquíssimos” com vários produtos financeiros e que vive enchendo os bolsos de dinheiro. Se você tem ações do Itaú, e quando o banco for dividir o lucro entre os acionistas, adivinha quem vai ganhar dinheiro? Você mesmo. Agora imagina ser sócio do Itaú, do Bradesco, da Ambev, da Natura e de qualquer outra companhia de capital aberta no Brasil? Sim, você pode, basta comprar a ação da empresa, e garanto para você que é mais simples do que você imagina. Uma ação de qualquer uma destas empresas que citei aqui custa menos de 40 reais. E sempre que a empresa dá lucro, ela por lei é obrigada a dividir parte entre os acionistas, através dos chamados dividendos. Algumas dividem mais, outras dividem menos, pois reinvestem para continuar crescendo, mas não importa. O que importa é que depois que eu entendi a força que isto tinha eu parei imediatamente de tentar comprar na baixa para tentar vender na alta e interrompi minha fissura de me preocupar tanto com o preço da ação. Desde esta época, eu sigo o que Mr. Graham chamou de “buy and hold”, ou seja, comprar e guardar, esperando que a empresa cresça e que meus dividendos cresçam ao longo do ano. Plantando, regando para um dia colher.

Nos Estados Unidos investir em ações é preferência nacional, pois sabem que investindo no longo prazo poderão ter uma aposentaria bem gordinha apenas provida pelos generosos dividendos. Aqui no Brasil, por diversos fatores, como uma das maiores taxas de juros do mundo, por exemplo, não vemos essa tendência, o que reflete no percentual baixíssimo de acionista “pessoa física” brasileiro se comparado aos Estados Unidos ou a outros países desenvolvidos. O baixo grau de educação financeira que por sua vez leva a um alto nível de endividamento, lamentavelmente impende que participemos mais como investidores e propulsores da economia no país.

Mas por que um Headhunter está falando sobre ações? Pois carreira e investimento caminham juntos. Eu acho que um bom pé de meia, construído de forma sistemática, com pequenos aportes mensais, ajuda e muito na carreira profissional principalmente em momentos de crise. O psicológico de alguém temporariamente desempregado, porém com boa reserva financeira é muito mais forte do que o psicológico do desempregado endividado, o que além de trazer tranquilidade no momento da entrevista, vai ajudar na melhor tomada de decisão. O profissional com boas reservas não vai aceitar a primeira proposta que aparecer!

Fica aqui meu pequeno relato sobre algo que considero importante, que tenho prazer em escrever, e que me faria muito feliz se convertesse em pelo menos mais um novo acionista pessoa física para o Brasil. Países maduros e desenvolvidos precisam contar com uma população consciente, que invista e cobre suas empresas. É apenas parte do que espero para este país que aos trancos e barrancos vai se remodelando e modernizando.

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William Monteath é Diretor da MyDNA no Brasil e ex-headhunter com 10 anos de experiência em mercados brasileiro e latino americano.

Sabia que um bom programa de Outplacement deveria vir com sessões de planejamento financeiro - Quer saber mais sobre isto? Encontre em www.mydnadigital.com.br

Por último deixa aqui duas dicas: a primeira de um blog que gosto muito e tem uma visão simples e leve sobre o assunto investimento em ações: https://leitaoemacao.wordpress.com e a segunda do site de uma competente empresa para quem procura auxílio focado em investimentos: http://fatorialinvest.com.br/

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Tags: Gestión de Carrera, Curriculum, Vacantes de Empleo, Mercado de Trabalho no Brasil